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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Salmos ao Rei



01-Os meus lábios te louvam – Salmo 63

02-Esconderijo – Salmo 91

03-Coração Puro -Salmo 51 (participação Fernanda Lara)

04-Confissão – Salmo 32

05-Lâmpada para os meus pés – Salmo 19

06-Aleluia – Salmo 149

07-Ele Reina – Salmo 113

08-Escudo- Salmo 3 (Mensagem Pr.Rodrigo Silva)

09-Tua Direira – Salmo 16

10-Nova Canção – Salmo 40

11-Casa do Senhor – Salmo 27

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Daniel Ludtke - Salmos.rar

sábado, 5 de novembro de 2011

Você Realmente Acredita no NT?



INTRODUÇÃO

Muitos dos seguidores de Yeshua (Jesus) desprezam as Escrituras chamadas de Antigo Testamento e alegam que somente o NT tem validade para a Igreja. Contudo, será que esses cristãos realmente acreditam no testemunho contido nas páginas do NT? Este estudo mostrará uma porção de provas de que o próprio Novo Testamento valida o Antigo Testamento. Antes de tudo, que todos saibam que quando falo validade do AT, refiro-me não à Antiga Aliança em si, mas às Escrituras que receberam este título. Devemos saber que os termos Antigo Testamento e Novo Testamento foram primeiramente usados para nomear as Escrituras por Marcião. Marcião de Sínope foi um dos mais proeminentes heresiarcas durante o Cristianismo primitivo. Sua teologia, que propunha dois deuses distintos, um no Antigo Testamento e outro no Novo Testamento, foi denunciada pelos Pais da Igreja e ele foi excomungado. Sua rejeição de muitos livros que seus contemporâneos consideravam como parte das escrituras mostrou à Igreja antiga a urgência do desenvolvimento de um cânon bíblico. Marcião afirmava que Yeshua (Jesus) era o salvador enviado por D-us Pai, com Paulo como seu principal apóstolo. Marcião acreditava que YHWH não era o mesmo D-us a quem Yeshua (Jesus) se referia.
Há realmente uma Nova Aliança que substitui à antiga. Porém, usar os termos Antiga e Nova para referir-se à palavra de D-us é um erro, por um motivo simples: a Palavra de D-us nunca envelhece.

Isaías 40:8 “Seca-se a erva, e murcha a flor; mas a palavra de nosso Deus subsiste eternamente.”

Além disso, os Evangelhos e as Epístolas dos Apóstolos foram escritas há mais de dois mil anos. Ninguém em sã consciência poderia dizer que esses Escritos são novos. Isto posto, também é importante sabermos que a Bíblia que Yeshua (Jesus) utilizou naquela época era chamada de KATUV, isto é, Escritura em Hebraico. Podemos ver isso em várias passagens do Novo Testamento. Sha’ul (Paulo) faz um vasto uso das Escrituras (Antigo Testamento/Bíblia da época de Yeshua) em sua evangelização, explicando através dela diversas vezes que Yeshua era o Messias esperado e que cumpria as profecias que estavam escritas. Vejamos:

Romanos 9:33 “Como está escrito: Eis que eu ponho em Sião uma pedra de tropeço; e uma rocha de escândalo; e quem nela crer não será confundido.”

Citando Isaías:

Isaías 28:16 “Portanto assim diz o Senhor Elohim (D-us): Eis que ponho em Sião como alicerce uma pedra, uma pedra provada, pedra preciosa de esquina, de firme fundamento; aquele que crer não se apressará.”
Portanto, todas as vezes em que Shaul (Paulo), os apóstolos e, acima de todos, o Nosso amado Senhor Yeshua (Jesus Cristo) usam termos como “Está escrito” ou “Escritura”, eles se referem ao que chamamos de Antigo Testamento. Sendo assim, proponho que façamos o seguinte: leiamos todas as ocorrências da palavra “Escritura” e substituamos pelo termo “Antigo Testamento” para vermos que testemunho as Escrituras do Novo Testamento fazem do Antigo Testamento.

Segundo o NT, o Antigo Testamento não pode ser anulado:
João 10:35 “Se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de D-us foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada)”.
Segundo o NT, o Antigo Testamento Profetizou a salvação dos gentios através da fé:
Gálatas 3:8 “Ora, a Escritura, prevendo que D-us havia de justificar pela fé os gentios, anunciou previamente a boa nova a Avraham (Abraão), dizendo: Em ti serão abençoadas todas as nações.”
Segundo o NT, o Antigo Testamento anuncia a graça que para nós estava destinada:
I Pedro 1:10 “Desta salvação inquiririam e indagaram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que para vós era destinada.”
Segundo o NT, todo Antigo Testamento é inspirado, útil para o ensino, a repreensão e a instrução da justiça:
II Timóteo 3:16 “Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça.”
Segundo o NT, era bom que se permanecesse nos ensinamentos do Antigo Testamento:
 II Timóteo 14:15 “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que desde a infância sabes as Sagradas Letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Yeshua HaMashiach (Cristo Jesus).”
Segundo o NT, o Antigo Testamento dá testemunho do Messias:
João 5:39 “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de Mim.”
Segundo o NT, o Antigo Testamento é uma arma potente e eficaz contra os ataques de Satan:
Mateus 4:4 “Mas Yeshua lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Elohim.”
Mateus 4:7 “Replicou Yeshua: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu D-us.” (Deuteronômio 6:16)
Mateus 4:10 “Então ordenou-lhe Yeshua: Vai-te, Satan; porque está escrito: A D-us teu Elohim adorarás, e só a ele servirás.”
Segundo o NT, tudo o que o Antigo Testamento registra foi escrito para o ensino dos crentes:
Romanos 15:4 “Porquanto, tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito...”
Segundo o NT, o Antigo Testamento gera constância e consolação, para que tenhamos esperança:
Romanos 15:4 “... Para que, pela constância e pela consolação provenientes das Escrituras, tenhamos esperança.”
Segundo o NT, se amamos ao próximo como a nós mesmos, estamos agindo de acordo com a Lei Real do Antigo Testamento:
Tiago 2:8  “Todavia, se estais cumprindo a lei real segundo a escritura: ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’, fazeis bem.”
Segundo o NT, Paulo servia a Deus segundo o Antigo Testamento:
Atos 24:14 “Mas confesso-te isto: que, seguindo o caminho a que eles chamam seita, assim sirvo ao D-us de nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na lei e nos profetas”
Segundo o NT, o Antigo Testamento era uma poderosa ferramenta de Evangelização:
Atos 18:28 “Pois com grande poder refutava publicamente os judeus, demonstrando pelas Escrituras que Yeshua (Jesus) era o Messias.”
Atos 28:24 “Havendo-lhe eles marcado um dia, muitos foram ter com ele à sua morada, aos quais desde a manhã até a noite explicava com bom testemunho o reino de D-us e procurava persuadi-los acerca de Yeshua, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas. Uns criam nas suas palavras, mas outros as rejeitavam.”
Segundo o NT, devemos nos lembrar das palavras do Antigo Testamento:
2 Pedro 3:1-2  “Amados, já é esta a segunda carta que vos escrevo; em ambas as quais desperto com admoestações o vosso ânimo sincero; para que vos lembreis das palavras que dantes foram ditas pelos santos profetas, e do mandamento do Senhor e Salvador, dado mediante os vossos apóstolos.”
Segundo o NT, o Antigo Testamento nos dá vários bons exemplos de sofrimento e paciência:
Tiago 5:10 “Irmãos, tomai como exemplo de sofrimento e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor.”
Segundo o NT, a Lei do Antigo Testamento existe por causa do amor de D-us aos homens:
I Corintios 9:9-10 “Pois na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca do boi quando debulha. Porventura está D-us cuidando dos bois? Ou não o diz certamente por nós? Com efeito, é por amor de nós que está escrito; porque o que lavra deve debulhar com esperança de participar do fruto.”
A regra é clara. O Novo Testamento apoia o Antigo Testamento. Os crentes que colocam o Novo Testamento em conflito com o Antigo Testamento de maneira alguma acreditam no Novo Testamento.

PARA REFLETIR:
Efésios 6:17 “Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de D-us;”
Que guerreiro vai ao combate com a espada quebrada ao meio?
Salmos 119:160 “A soma da Tua Palavra é a verdade, e cada uma das Tuas justas ordenanças dura para sempre.”
O que é verdadeiro? A soma ou a subtração da palavra de D-us?



Estudo cedido pelo irmão Tiago Alves

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Creio em Ti_ Nova Voz

Faixas:
01. Novo Sonho Em Canção
02. Quero Viver Ao Lado Seu
03. Não Há Outro Igual
04. Eu Viverei Por Ti
05. A Coisa Mais Linda De Deus
06. Sacrifício Por Mim
07. Creio Em Ti
08. Cristo Tem Poder
09. Viva Em Mim
10. Voltando Pra Adorá-Lo
11. Vamos Subir


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TEM AZEITE NA SUA CANDEIA?



Parábola das dez virgens

Certa vez indagou Shaul (Paulo) em uma de suas cartas: “que comunhão tem a luz com as trevas?” (2 Coríntios 6:14). Sabemos que Yeshua (Jesus) é a Luz do mundo. Se fazemos parte de Seu corpo, como podemos andar em trevas? Como poderíamos não ser luz? O próprio Mestre disse como devemos proceder: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem os que acendem uma lâmpada a colocam debaixo do alqueire, mas no velador, e assim ilumina a todos que estão na casa.” (Matitiyahu/Mateus 5:14-15). A ordem é que sejamos luz para o mundo, seguindo o Messias, que é a eterna Luz, para que possamos ser aceitos como filhos e recebamos a coroa da vida no grande Dia. Acerca de Sua vinda, o Salvador disse através de uma parábola o que se segue:
“Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo e da noiva. Cinco delas eram insensatas, e cinco prudentes. Ora, as insensatas, tomando as lâmpadas, não levaram azeite consigo. As prudentes, porém, levaram azeite em suas vasilhas, juntamente com as lâmpadas. E tardando o noivo, cochilaram todas, e dormiram. Mas à meia-noite ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí-lhe ao encontro! Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas. E as insensatas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão se apagando. Mas as prudentes responderam: não; pois de certo não chegaria para nós e para vós; ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós. E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o noivo; e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta. Depois vieram também as outras virgens, e disseram: Senhor, Senhor, abre-nos a porta. Ele, porém, respondeu: Amen, e eu vos digo: não vos conheço. Vigiai pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora” (Matitiyahu/Mateus 25:1-13).
Como visto, somente as prudentes foram aceitas pelo noivo. Muitos são os que se professam servos do Altíssimo, com aparência de piedade, participando de cultos em igrejas, carregando suas Bíblias debaixo do braço. Será, entretanto, que todos esses são prudentes? Trazem consigo sua candeia com azeite para que se tenha sempre luz? Estaria esta geração, que diz ser a geração do avivamento, carregando prudentemente seu azeite?
Como é de conhecimento cediço, o azeite é extraído da oliva através de um processo em que esta é prensada, esmagada. Desta forma, obtém-se um azeite puro, de boa qualidade, para servir de combustível para um candeeiro. Sobre isso aponta a Palavra do Eterno: “Ordenarás aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de oliveiras, batido, para o candeeiro, para manter uma lâmpada acesa continuamente” (Êxodo 27:20). Do mesmo modo, quando nos deixamos prensar, esmagando nossa carne e as paixões do mundo, quando aceitamos as provações, estamos tirando de nós azeite para manter nosso candeeiro aceso e assim cumprir o que nos manda o Mestre: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus” (Matitiyahu/ Mateus 5:16).
É normal que nos sintamos cansados e que nos perguntemos o motivo de tantas aflições e provações. O que muitas vezes nos esquecemos é que os heróis da fé e todos os homens e mulheres que admiramos nas Escrituras também foram provados e, mesmo com todas as dificuldades, conseguiram manter firme sua fidelidade ao Senhor, deixando-nos um exemplo de vida e provando que é possível resistir. Podemos sentir a tristeza do salmista ao dizer: “Estou gasto e muito esmagado; dou rugidos por causa do desassossego do meu coração” (Tehilim/Salmos 38:8), mas devemos ter em mente que nossas provações, se vividas com santidade e fidelidade, produzem azeite para manter nossa luz acesa. Por esse motivo, podemos nos alegrar em nossas provações, pois estamos deixando que o Eterno retire de nós um azeite puro, uma obra perfeita para testemunho, sendo luz para as pessoas. A esse respeito, diz o apóstolo: “Meus irmãos, que toda a alegria seja convosco quando passardes por muitas e variadas provações, sabendo que a provação da vossa fé produz a perseverança; e a perseverança tenha a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, não faltando em coisa alguma” (Ya’akov/ Tiago 1:2-4).
Yeshua não nos prometeu um mundo de constante alegria; antes, alertou que a Porta da salvação é estreita e são poucos os que nela entram. Dentre tantos que possuem máscara de servos, aparência de piedade, raros são os que esmagam as paixões mundanas e se mantêm fiéis diante das provações, preparando-se para as bodas do Cordeiro. É muito comum ver em igrejas manifestações de êxtase em que os membros dizem estar com fogo, mas será que esse “fogo” dá luz? Pessoas que não abandonam as práticas mundanas, amantes da sensualidade, que assistem a filmes, novelas, vivem em busca de prosperidade, servindo ao Pai por torpe ganância, dizem calçar um tal “sapato de fogo” nos cultos, o que não produz fruto nenhum, mas somente causa escândalo. Buscam igrejas para arrumar casamento ou mesmo ficar sem compromisso. Não são poucas as Jezabéis da saia de fogo e os irmãos que buscam diversão através da perversão sexual. Acerca dessa confusão, alertam-nos as Sagradas Letras: “Vê, pois, que a luz que em ti há não sejam trevas” (Lucas 11:35).  
           Se praticamos obras das trevas, não estamos na luz, e se há fogo, é fogo de condenação. Não nos deixemos enganar por falsas doutrinas, que não pregam arrependimento e uma vida de total entrega ao Pai. Enquanto estamos no mundo, seremos perseguidos, humilhados, tratados como lixo. “E não é de admirar, porquanto o próprio Satan se disfarça em anjo de luz” (2 Coríntios 11:14). Prometem uma vida fácil de bênçãos materiais e prosperidade, de falsa alegria, contradizendo o próprio Messias: “E até pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos sereis entregues; e matarão alguns de vós; e sereis odiados de todos por causa do Meu Nome” (Lucas 21:16-17).
Está na moda aceitar Jesus, frequentar cultos animados, com dança, música de ritmo mundano e pregações que mais parecem propagandas enganosas, regadas a falso fogo, falso avivamento e falsas noivas. Não há perseguição, pois as igrejas estão mescladas ao mundo. São amigos do mundo e querem, ao mesmo tempo, ser filhos do Soberano, esquecendo-se de que não há comunhão entre trevas e luz. Tornaram-se normais práticas seculares, como ouvir música mundana, ver TV e até mesmo fazer festas pagãs, idólatras, como festa junina. Se a igreja não pode ir ao mundo, levam o mundo até à igreja. Como está fácil ser crente! Como alargou-se a porta! Está fora de moda ser como João Batista, Pedro e os discípulos que abandonaram tudo por causa do Reino. É fanatismo seguir as Escrituras e guardar os Mandamentos. Pra que ser como os apóstolos, vivendo com simplicidade e santidade, se as igrejas de hoje pregam um Evangelho tão fácil de ser seguido?
Tais pessoas buscam a Salvação, mas não querem pagar o preço. Não produzem azeite para suas candeias e pensam que participarão das Bodas. Sem ter e ser luz, ninguém será aceito pelo Noivo! É preciso observar a Lei e os Mandamentos para cumprir a vontade do Pai, aceitando as provações e dificuldades para sermos moldados, vigiando sempre, pois não sabemos a hora de Sua vinda. Mais que gritar que se é filho do Eterno, é preciso ter azeite na candeia. Também as noivas imprudentes carregavam seus candeeiros, mas sem azeite, do mesmo modo com que carregam Bíblias, mas não praticam. Sejamos prudentes, pois nossa espera e sofrimento não são vãos. Fiel é quem prometeu: “Aqui está a perseverança dos santos que obedecem aos mandamentos de Elohim (D-us) e permanecem fiéis a Yeshua” (Guyliana/Apocalipse 14:12). Também está escrito: “Bendito o homem que suporta a provação; porque, depois de provado, receberá a coroa da vida, que Elohim prometeu aos que o amam” (Ya’akov/ Tiago 1:12).
Não devemos pensar que somos fracos e que não podemos produzir azeite das nossas provações. O próprio Messias nos deu o exemplo, fazendo-se homem e sofrendo pelos nossos pecados, como fora predito pelo profeta: “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Yesha’yahu/ Isaías 53:5). Se o Salvador, que é Santo e nunca merecia sofrimento, foi esmagado, provado, por que nós teríamos o direito de nos esquivar de ser uma oliva esmagada para dar azeite e ter luz? O sofrimento de Yeshua no Getsêmani, que significa Jardim das Oliveiras, mostra-nos como foi pisado, carregando o madeiro em que seria morto, sendo esmagado como uma oliva. Por causa do azeite que Ele extraiu do sofrimento, podemos ter salvação e sermos sarados.
Além de servir de combustível para dar luz, o azeite pode servir para cura, cicatrização de feridas, como se pode perceber nesta passagem: “Um samaritano, porém, que ia de viagem, aproximou-se do homem e, vendo-o, teve compaixão dele. Chegando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma hospedaria e tratou-o” (Lucas 10:33-34). Tem também utilidade para purificar: “e o sacerdote que faz a purificação apresentará o homem que se há de purificar, bem como aquelas coisas, perante o Senhor, à porta da tenda da revelação. E o sacerdote tomará um dos cordeiros, o oferecerá como oferta pela culpa; e, tomando também o logue de azeite, os moverá por oferta de movimento perante o Senhor” (Levítico 14:11-12). Está ainda associado à alegria: “O azeite e o perfume alegram o coração; assim o faz a doçura do amigo pelo conselho cordial” (Provérbios 27:9). Neste verso podemos ver três funções do azeite: luz, unção e perfume. “E especiarias, e azeite para a luminária, e para o azeite da unção, e para o incenso aromático” (Êxodo 35:28). Sendo esmagado, Yeshua pôde dar azeite para nossa cura, unção, purificação, alegria e perfume (oferta de cheiro agradável), sendo a Luz do mundo.

Deixemo-nos ser esmagados pelo Pai nas provações e esmaguemos nossos desejos mundanos, para que a candeia da nossa vida tenha luz quando Yeshua voltar, pois “a luz dos justos alegra; porém a lâmpada dos ímpios se apagará” (Provérbios 13:9). Não nos portemos como as virgens imprudentes, que não quiseram pagar o preço do azeite para suas candeias, mas estejamos vigilantes, com prudência, para que sejamos aceitos pelo Noivo, entrando pela Porta estreita. 

Viver e Cantar - Leonardo Gonçalves

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Quarteto Está Escrito: Deus vê



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Quarteto Esta Escrito-Deus Vê.rar

sábado, 9 de julho de 2011

DÍZIMO: COSTURANDO O VÉU DO SANTUÁRIO

Quantas vezes ouvimos dizer que devemos ser fiéis dizimando, para que prosperemos? Se um crente está em dificuldade financeira, logo é acusado de não dizimar. O que vemos, entretanto, são fiéis entregando 10% de seus salários para os pastores e, mesmo assim, permanecendo em sua condição miserável. Por que trabalhadores assalariados entregam o dízimo de seus proventos, deixando muitas vezes de pagar suas contas e seus filhos em falta, e nunca prosperam, mas vivem desempregados e endividados?
Vejamos, pois, a resposta que as Escrituras Sagradas nos dão para tal controvérsia. Para que entendamos o real significado do dízimo, devemos compreender sua definição, contexto histórico e social e finalidade. A princípio, deve-se ter em mente que o dízimo fazia parte da Lei Levítica, ligada ao antigo sacerdócio. "Todos os dízimos da terra, seja dos cereais, seja das frutas das árvores, pertencem ao Senhor; são consagrados ao Senhor. Se um homem desejar resgatar parte do seu dízimo, terá que acrescentar um quinto ao seu valor. O dízimo dos seus rebanhos, um de cada dez animais que passem debaixo da vara do pastor, será consagrado ao Senhor” (Levítico 27:30-32).


DÍZIMO EM DINHEIRO? E QUEM O COME?




Como visto, o dízimo era pago em alimentos, fossem da terra ou dos rebanhos, diferentemente de hoje, que é cobrado em dinheiro. Temos, assim, uma grande divergência. Será que na época não havia dinheiro? O livro de Gênesis, anteriormente à instituição do dízimo, relata Avraham (Abraão) pagando pela sepultura da esposa em moeda corrente. “Então Avraham se inclinou diante do povo da terra, e falou a Efrom, aos ouvidos do povo da terra, dizendo: Se te agrada, peço-te que me ouças. Darei o preço do campo; toma-o de mim, e sepultarei ali o meu morto. Respondeu Efron a Avraham: Meu senhor, ouve-me. Um terreno do valor de quatrocentos siclos de prata! que é isto entre mim e ti? Sepulta, pois, o teu morto. E Avraham ouviu a Efron, e pesou-lhe a prata de que este tinha falado aos ouvidos dos filhos de Hete, quatrocentos siclos de prata, moeda corrente entre os mercadores” (Gênesis: 23:12-16). Como Avraham era estrangeiro, peregrino na terra onde se encontrava, teve que comprar uma terra para ali sepultar Sarai, apesar de Efron não querer receber a princípio, e o fez em moeda corrente, ou seja, prata, dinheiro. Tem-se, desta forma, que o Eterno só queria como dízimo alimentos e não dinheiro, pois que este já existia e não foi pedido.
Os sacerdotes ficavam em tempo integral a serviço do santuário, oferecendo ali sacrifícios pelos pecados do povo e, por isso, não podiam trabalhar. Dedicavam todo o seu tempo ao Senhor. Em virtude disso, não tinham com que se sustentar, comendo das ofertas que apresentavam e dos dízimos. Além deles, também os outros levitas se beneficiavam dos alimentos que eram dizimados, dado que também participavam do serviço do Santuário. Mas por que não recebiam o dízimo em dinheiro? “Mas procurarão o local que o Senhor, o seu Elohim (D-us), escolher dentre todas as tribos para ali pôr o seu nome para sua habitação. Para lá vocês deverão ir e levar holocaustos e sacrifícios, dízimos e dádivas especiais, o que em voto tiverem prometido, as suas ofertas voluntárias e a primeira cria de todos os rebanhos. Ali, na presença do Senhor, do seu Elohim, vocês e suas famílias comerão e se alegrarão com tudo o que tiverem feito, pois o Senhor, o seu Elohim, os terá abençoado” (Deuteronômio 12:5-7). Assim, os sacerdotes, levitas e suas famílias comiam das ofertas e dízimos. Além disso, vale lembrar que a tribo de Levi não teve parte na divisão das terras e, portanto, necessitava de ajuda. “E regozijem-se ali perante o Senhor, o seu Elohim, vocês, os seus filhos e filhas, os seus servos e servas e os levitas que vivem nas cidades de vocês, por não terem recebido terras nem propriedades” (Deuteronômio 12:12).


POR QUE O DÍZIMO FICA SOMENTE COM O PASTOR?








Outro fato importante a ser lembrado é que os levitas, sejam quais fossem suas atribuições no Santuário, comiam do dízimo oferecido. É comum imaginar levitas como apenas músicos, o que seria o ministério de louvor atual, mas várias eram as funções dessa tribo na Casa do Pai.
·         Arquitetos, construtores, secretários ( 2 Crônicas 34:8-13);
·         Cantores e Músicos ( 1 Crônicas 25:1-31; 2 Crônicas 5:12; 34:12);
·         Escribas, escrivães, oficiais e porteiros ( 1 Crônicas 2:55; 2 Crônicas 34:13);
·         Juízes ( Deuteronômio 17:8-9; 21:5; 1 Crônicas 23:4; 2 Crônicas 19:8);
·         Professores ( Deuteronômio 24:8; 33:10;  2 Crônicas 35:3; Neemias 8:7).
Em virtude do serviço, partilhavam do dízimo, que não ficava somente com o sacerdote. Atualmente, nas denominações, continuam a existir tais funções, que seriam a do pastor, ministério de louvor, professores das escolas bíblicas, secretários e obreiros. Se os pastores se entendem como sacerdotes e, por isso, dignos de receber o “dízimo” (só que em dinheiro, totalmente diferente do que mandava a lei), por que não o repartem com os demais ajudantes? Por que os outros têm de trabalhar em empregos que lhes deem salário e o pastor pode receber um salário para “trabalhar” para o Pai? Nota-se que não há cumprimento da lei em nenhum ponto, mas somente distorção bíblica visando ao lucro mensal, fazendo da obra do Eterno uma profissão assalariada.



DÍZIMO MENSAL? ISSO É BÍBLICO?








Há que se atentar também para o fato de que o dízimo não era dado mensalmente como ocorre nos dias atuais, mas, como a colheita era feita anualmente, assim deveria ser separada dela a décima parte. “Separem o dízimo de tudo o que a terra produzir anualmente” (Deuteronômio 14:22). Desta feita, deveriam comer na presença do Senhor. Caso estivessem longe do lugar escolhido, tinham a possibilidade de vender os animais e alimentos agrícolas e, com o dinheiro, comprar alimento para comer onde o Eterno houvesse ordenado. “Mas, se o local for longe demais e vocês tiverem sido abençoados pelo Senhor, pelo seu Elohim, e não puderem carregar o dízimo, pois o local escolhido pelo Senhor para ali pôr o seu Nome é longe demais, troquem o dízimo por prata, e levem a prata ao local que o Senhor, o seu Elohim, tiver escolhido. Com prata comprem o que quiserem: bois, ovelhas, vinho ou outra bebida fermentada, ou qualquer outra coisa que desejarem. Então juntamente com suas famílias comam e alegrem-se ali, na presença do Senhor, do seu Elohim. E nunca se esqueçam dos levitas que vivem em suas cidades, pois eles não possuem propriedade nem herança próprias” (Deuteronômio 14:24-27). Não cabe lugar para a compra de terras, carruagens, vestimentas, mas somente alimentos. O Senhor almejava, com o dízimo, prover alimentação para os que necessitavam, como sacerdotes e demais levitas. Além deles, também havia os excluídos sociais, como os estrangeiros, órfãos e viúvas. O Altíssimo nunca quis que ninguém passasse fome e, por isso, instituiu uma ajuda aos necessitados. “Ao final de cada três anos, tragam todos os dízimos da colheita do terceiro ano e armazene-os em sua própria cidade, para que os levitas, que não possuem propriedade nem herança, e os estrangeiros, os órfãos e as viúvas que vivem na sua cidade venham comer e saciar-se, e para que o Senhor, o seu Elohim, o abençoe em todo o trabalho das suas mãos” Deuteronômio 14:28-29).
Como visto, os sacerdotes recebiam do que necessitavam, não para a vaidade ou ostentação, mas para uma vida simples de serviço ao Rei, comendo do que os agricultores e pecuários dizimavam e ofertavam, partindo também com os levitas e necessitados. Naquela época, já existia dinheiro e muitos trabalhadores recebiam seus salários. Não lhes foi, todavia, exigido o dízimo do seu salário. Que profissionais seriam esses?


PROFISSIONAIS QUE NÃO DIZIMAVAM


·         Alfaiates (Êxodo 28:3; 35:25-26; II Reis 23:7; Proverbios 31:19; Atos 9:39)
·         Artesãos (Exôdo 31:3-5; 35:31-35; II Reis 16:10);
·         Caçadores (Gênesis 10:9; 25:27; Jeremias 16:16);
·     Carpinteiros (II Samuel 5:11; II Reis 12:11; II Crônicas 24:12; Esdras 3:7; Isaías 44.13; Mateus 13:55);
·         Coletores de impostos (Daniel 11:20; Mateus 10:3; Lucas 5:27);
·         Cozinheiros (I Samuel 8:13; 9:23-24);
·         Guardas (II Reis 22:4; 25:18; I Crônicas 15:23-24; Jeremias 35:4);
·         Mercadores (Gênesis 23:16; 37:28; I Reis 10:15; Neemias 13:20; Mateus 13:45) ;
·         Mestres-de-Obra (Rute 2:5-6; I Reis 5:16; II Crônicas 2:2,18; Mateus 20:8);
·         Músicos (I Reis 10:12; I Crônicas 6:33; 9:33; II Crônicas 5:12);
·         Ourives (Neemias 3:8, 31-32; Isaías 40:19; 41:7; Jeremias 10:9);
·         Padeiros (Gênesis 40:1-2; Jeremias 37:21; Oséias 7.4);
·         Pescadores (Isaías 19:8, Jeremias 16:16; Ezequiel 47:10; Mateus 4:18: 13:48; Lucas 5:2).
As Escrituras não relatam esses profissionais comprando alimentos para dar ao sacerdote. Não há que se exigir de uma pessoa o que ela não produz. O Eterno não fez isso.
Além desses, também pequenos proprietários não deveriam dizimar, uma vez que somente o décimo era entregue ao sacerdote. Quem possuísse menos de 10, portanto, estava isento do dízimo. Em suma, somente quem tivesse muitos bens dizimava, pois não era cobrado de quem vivia com simplicidade e não poderia pagar. Hoje, o que vemos, são pessoas que quase passam fome para pagar dízimo. Será que isso é correto? As Escrituras não dão apoio para tal pensamento.



TORCENDO MALAQUIAS




É muito comum em pregações a utilização do livro de Malaquias para forçar os membros a “dizimarem” com dinheiro, alegando que, se não o fizerem, estarão roubando o Pai. Vejamos o verso em que se fiam os pastores para tal: "Pode um homem roubar de Elohim? Contudo vocês estão me roubando. E ainda perguntam: ‘Como é que te roubamos? ’ Nos dízimos e nas ofertas” (Malaquias 3:8). Esquecem-se, entretanto, de que a mensagem fica totalmente fora do contexto se lida somente com este verso. Já diz o ditado: “Texto sem contexto, é pretexto”. Satan também se utilizou de textos sem contexto, versículos isolados e distorcidos, para tentar o Salvador. Faz-se necessário, para não cair no mesmo engano, entender toda a mensagem. Para começar, a advertência que os líderes religiosos de hoje atribuem ao povo, foi dirigida aos sacerdotes. Será que os pastores não leram a mensagem toda? Tudo isso é preguiça ou cegueira espiritual? Ou ainda estelionato?
A palavra do Senhor contra os sacerdotes começa a ser relatada em Malaquias, capítulo 2. "’E agora esta advertência é para vocês, ó sacerdotes. Se vocês não derem ouvidos e não se dispuserem a honrar o meu nome’, diz o Senhor dos Exércitos, ‘lançarei maldição sobre vocês, e até amaldiçoarei as suas bênçãos. Aliás, já as amaldiçoei, porque vocês não me honram de coração. Por causa de vocês eu vou destruir a sua descendência; esfregarei na cara de vocês os excrementos dos animais oferecidos em sacrifício em suas festas e lançarei vocês fora, juntamente com os excrementos. Então vocês saberão que fui eu que lhes dei esta advertência para que a minha aliança com Levi fosse mantida’, diz o Senhor dos Exércitos” (Malaquias 2:1-4).
A advertência continua com o Eterno dizendo: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que dela vos advenha a maior abastança. Também por amor de vós reprovarei o gafanhoto, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; nem a vossa vide no campo lançará o seu fruto antes do tempo, diz o Senhor dos exércitos” (Malaquias 3:10-11).
É comum ver as pessoas confundindo Casa do Tesouro com Santuário (igreja) e gafanhoto com satan, mas o texto é literal, ou seja, não tem sentido figurado, simbólico. Os dízimos não estavam chegando à casa do tesouro, uma espécie de tesouraria, grande pátio onde se guardavam os mantimentos e animais, fosse por que agricultores e pecuaristas não dizimavam ou os sacerdotes não levavam os dízimos para que servissem de alimento para os levitas e depois fossem repartidos com os necessitados, como visto anteriormente. Além disso, os dizimistas, por falta de fé ou por ganância, avareza e falta de amor ao próximo, temiam perder parte do rebanho ou dos cereais e que isso lhes fizesse falta posteriormente. Por isso, o Soberano garantiu que não haveria pragas na plantação (devorador, gafanhoto) e que haveria chuva (abrir as portas do céu) para que a produção fosse abençoada. Não se pode entender como se o Pai estivesse dizendo que cairia dinheiro do céu para quem dizimasse e que satan não o roubaria. Isso é totalmente fora do contexto.
A teologia da prosperidade tem lançado muitos para longe do Salvador, fazendo com que as pessoas entreguem 10% de seus salários para os pastores esperando em troca riquezas, luxo, ostentação, que, na maioria das vezes, não chega para esses “dizimistas”. Alguma coisa está errada. Ou a Bíblia está mentindo ou o pastor. Ora, sabemos que as Escrituras são a Palavra do Eterno e que Ele não mente.
Onde está o amor ao próximo no ato dessa entrega de dinheiro às igrejas atuais? Será que o Altíssimo aprova que uma pessoa pobre alimente os luxos dos ricos? Seria correto pagar aos pastores pela pregação? Isso não seria a venda do Evangelho? O Criador não aceita que se acheguem a Ele por interesse, mas busca os puros de coração. Não adianta tentar barganhar com Ele com dinheiro. Salvação não se compra.
Muitos dos que se professam “crentes” esperam ser como Avraham e os patriarcas, que possuíam riqueza. Pagam aos pastores almejando receber do Pai bens materiais. Poucos são os que querem ser como João Batista, que mal tinha o que comer e vestir, e de graça anunciava as Boas Novas, como os discípulos, que pregavam sem pedir dinheiro em troca, como Shaul (Paulo), que trabalhava para comer. Será que os apóstolos eram burros por não pedir dinheiro das pessoas? Poderiam vender o Evangelho e ter uma vida abastada, com vestimentas caras, belas casas, bens, mas preferiram seguir a simplicidade de seu Mestre, que Se entregou sem pedir nada em troca, por amor a nós.


DÍZIMO DE ABRAÃO E DE JACÓ


Talvez o leitor, diante do que foi exposto, tente justificar o pagamento do dízimo por Avraham (Abraão) e Yaakov (Jacó). Acerca disso as Sagradas Letras descartam tal apoio para o pagamento aos líderes religiosos.
Quanto ao dízimo de Avraham, há o relato do pagamento VOLUNTÁRIO a Malkiy-Tzadeq (Melquisedec), não em dinheiro, mas em despojos de guerra. “Então Malkiy-Tzadeq, rei de Salém e sacerdote do Elohim Altíssimo, trouxe pão e vinho e abençoou Avraham, dizendo: "Bendito seja Avraham pelo Elohim Altíssimo, Criador dos céus e da terra. E bendito seja o Elohim Altíssimo, que entregou seus inimigos em suas mãos". E Avraham lhe deu o dízimo de tudo” (Gênesis 14:18-20). A carta aos Hebreus comprova tal afirmação: “Esse Malkiy-Tzadeq, rei de Salém e sacerdote do Elohim Altíssimo, encontrou-se com Avraham quando este voltava, depois de derrotar os reis, e o abençoou; e Avraham lhe deu o dízimo de tudo. Em primeiro lugar, seu nome significa "rei de justiça"; depois, "rei de Salém" quer dizer "rei de paz". Sem pai, sem mãe, sem genealogia, sem princípio de dias nem fim de vida, feito semelhante ao Filho de Elohim, ele permanece sacerdote para sempre. Considerem a grandeza desse homem: até mesmo o patriarca Avraham lhe deu o dízimo dos despojos!” (Hebreus 7:1-4). Com o Sacrifício do Cordeiro, hoje temos um sacerdócio segundo a ordem de Malkiy-Tzadeq (Melquisedec), que não tem ligação alguma com dinheiro.
Jacó fez uma promessa de dizimar. “E esta pedra que hoje coloquei como coluna servirá de santuário de Elohim (D-us); e de tudo o que me deres certamente te darei o dízimo" (Gênesis 28:22). Note-se que disse dizimar do que ganhasse, dando o dízimo se fosse abençoado, muito diferente da situação que presenciamos de pessoas que mal têm o que comer sendo obrigadas a entregarem 10% de seus salários. Além disso, também foi uma promessa voluntária que ligaria sua descendência. Não há exigência da parte do Senhor.



COSTURANDO O VÉU DO SANTUÁRIO




Dizem veementemente que a Lei foi abolida, que não há necessidade de se guardar o sábado, mas do dízimo, que pertence à Lei, não abrem mão, e, muito pior, torcem as Escrituras para exigir dinheiro, buscando seus próprios interesses. Se os dízimos eram dados aos sacerdotes devido ao fato de imolarem animais pelo pecado do povo, não tendo como trabalhar, mas servindo no Santuário, hoje os pastores deveriam fazer o mesmo para merecer os dízimos, deveriam morar na igreja, o que já pouparia o aluguel de suas casas, que sai do bolso dos membros, deveriam oferecer animais em sacrifício, já que se julgam sacerdotes como eles. Sabemos, porém, que o Sacrifício do Cordeiro vale até sua Volta, não havendo mais necessidade desses serviços sacerdotais. Querem costurar o véu do Santuário, que foi rasgado.
Assim, os pastores podem trabalhar, a exemplo de Paulo, que não era pesado aos irmãos. Muitos são os que nem trabalham, querendo ser sustentados pelo dinheiro das ovelhas, tendo carros, pagando salão para suas esposas, escola particular para os filhos. Onde vemos os sacerdotes segundo a lei levítica tendo uma vida luxuosa assim? Até quando você irá custear os luxos e a preguiça de seu líder religioso? Baseado em que livro das Escrituras você se sente obrigado a isso?



DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO


É muito comum os discursos que separam os tempos entre Lei e Graça. Sabe-se que Yeshua nos livrou da maldição da lei, que é a morte por causa da transgressão da lei, como, por exemplo, o apedrejamento por causa de adultério. Todavia, Yeshua disse que não aboliu a Lei, mas a plenificou. “Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir” (Mateus 5:17). Notamos nosso Mestre sempre dando uma interpretação plena à Lei e aos Mandamentos, cumprindo o amor ao Pai e ao próximo. Tem-se, então, que nada foi mudado, mas tornado pleno, perfeito. O maior exemplo dessa perfeição é com relação ao Sacerdócio, que passou da mão dos sacerdotes levitas para o Messias, com seu Sacrifício. Assim, hoje Ele é o Sumo Sacerdote e quem deve receber nosso dízimo é Ele e não o pastor da sua denominação, que não é o Santuário, o Templo. Ora, mas como podemos dar de comer ao Salvador, uma vez que o dízimo deve ser em alimento e Ele está à direita do Pai e não mais feito carne entre nós? O próprio Yeshua responde a tal questionamento. Vejamos:
“Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; Pois tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era forasteiro, e recolhestes-me; estava nu, e vestistes-me; enfermo, e visitastes-me; preso, e viestes ver-me. Então perguntarão os justos: Senhor, quando te vimos faminto, e te demos de comer; ou com sede, e te demos de beber? Quando te vimos forasteiro, e te recolhemos; ou nu, e te vestimos? Quando te vimos enfermo, ou preso, e fomos visitar-te? O Rei responderá: Em verdade vos digo que quantas vezes o fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes. Dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, destinado ao Diabo e seus anjos. Pois tive fome, e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber; era forasteiro, e não me recolhestes; estava nu, e não me vestistes; enfermo e preso, e não me visitastes. Também eles perguntarão: Senhor, quando te vimos faminto, com sede, forasteiro, nu, enfermo, ou preso, e não te servimos? Então lhes responderá: Em verdade vos digo que quantas vezes o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer” (Mateus 34-45).
Claro que não se deve negar ajuda aos verdadeiros mensageiros da Palavra, mas isso não quer dizer que você tenha que lhes dar dinheiro, mesmo porque os pregadores sinceros não devem ter interesse material. “Quem vos recebe a mim me recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou. Quem recebe um profeta, no caráter de profeta, receberá o galardão de profeta; quem recebe um justo, no caráter de justo, receberá o galardão de justo. E quem der a beber, ainda que seja um copo de água fria, a um destes pequeninos, por ser este meu discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão” ( Mateus 10:40-42).
A vontade do Rei sempre foi que socorrêssemos os necessitados e, por isso, como dito anteriormente, instituiu uma ajuda conforme a Lei Levítica, em que sacerdotes, demais levitas (que não tinham herança e não tinham como trabalhar) e viúvas, órfãos e estrangeiros, ou seja, os necessitados, não passassem dificuldades. Era cobrado somente dos que trabalhavam com a terra a doação de alimentos para essas classes de pessoas, com a 10ª quantia de todos os seus produtos ou animais. Como a lei foi plenificada, podemos todos partilhar de nossos bens com os pobres, doando alimentos, agasalhos, roupas, remédios, acolhendo em nossa casa, visitando, pregando o Evangelho com obras e não somente com palavras. Se as igrejas atuais tivessem realmente compromisso com a Verdade, não veríamos tantas pessoas passando necessidade enquanto os líderes religiosos se fartam com o dinheiro do rebanho. Isso não o lembra uma passagem das Escrituras? “O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Mas o que é mercenário, e não pastor, de quem não são as ovelhas, vendo vir o lobo, deixa as ovelhas e foge; e o lobo as arrebata e dispersa. Ora, o mercenário foge porque é mercenário, e não se importa com as ovelhas” (João 10:10-13).






Percebemos que aparecem as figuras mercenário e lobo. Logo, satan não pode ser o mercenário, visto que é o lobo. O mercenário seria quem finge cuidar das ovelhas, mas só se importa com o dinheiro recebido. Quem trabalha para o Pai em troca de dinheiro não passa de mercenário e é por isso que as ovelhas se encontram cada vez mais dispersas. Se os pastores se preocupassem com as ovelhas, não as deixariam em dificuldade, tanto de cuidado material, necessário para a sobrevivência, como alimentos, roupa, morada, como espiritual.





Você pode alegar que dá o dinheiro à igreja por pensar estar fazendo a sua parte, mas dar dinheiro ao mercenário é sustentar um falso pastoreado. Pode também dizer que sua “igreja” tem projetos sociais e o dinheiro pago por você é bem empregado na assistência aos pobres. Se isso realmente acontece, se o dinheiro é totalmente revestido ao amor pelo próximo, nada se pode ter contra tal pagamento, mas o que as Escrituras deixam claro é que isso NUNCA FOI DÍZIMO. Pode até ser chamado de oferta, mas nunca de dízimo, lembrando que as ofertas devem ser dadas conforme mandar o coração e não sobre uma porcentagem do salário. "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Elohim (D-us) ama ao que dá com alegria." (2Cor 9:7). Mais ainda: “E os discípulos determinaram mandar, cada um conforme o que pudesse, socorro aos irmãos que habitavam na Judeia” (Atos 11:29). Shaul (Paulo), também diz em sua carta: “Portanto, julguei necessário exortar estes irmãos que fossem adiante ter convosco, e preparassem de antemão a vossa beneficência, já há tempos prometida, para que a mesma esteja pronta como beneficência e não como por extorsão” (2 Coríntios 9:5).
Se o lugar onde se congrega possui contas a pagar, como aluguel, água e luz, por que não se reunir os membros e dividir as contas? Por que dar 10% do salário? Por que arrancar o couro de uma ovelha que não tem nem pra si e sua família? Isso não é bíblico.
O Salvador e os discípulos nunca cobraram dízimo, mas pregavam a Palavra por amor, nada esperando em troca, vivendo com simplicidade. Assim devemos proceder, sendo imitadores do Mestre, que é o nosso Sacerdote. Os pastores não têm as funções sacerdotais do antigo Santuário, pois o véu foi rasgado. Por que então pagar um falso dízimo a quem não tem direito? As Escrituras nos alertam sobre essas pessoas, dizendo: “Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição” (2 Pedro 2:1). Cobrar um falso dízimo como se fosse sacerdote é usurpar o lugar do Senhor, é negar o Sacrifício do Cordeiro, pois Ele é o Sacerdote e é a Ele que devemos entregar o “dízimo” de forma plena, que é a partilha do que possuímos com os necessitados. Reflita, leia as Escrituras. Não sustente mercenários. Façamos a vontade do Eterno e não os interesses de homens.




YESHUA ESTÁ VOLTANDO!